Os famalicenses regressam a casa com os três pontos na bagagem e peso de felicidade em exesso

Os Sub19 do Club Sport Marítimo receberam o FC Famalicão no Complexo Desportivo de Santo António. Os jovens liderados por Marco Bragança estrearam-em casa nesta edição 2023/2024 da I Divisão Nacional. Pela frente, o Campeão Nacional em título.

Depois de uma derrota em Barcelos, muito condicionada por erros claros da arbitragem que prejudicaram o Marítimo, os verde-rubros procuravam a primeira vitória. Durante os 10 minutos iniciais, os conjuntos equivaleram-se. Depois, o Marítimo criou duas boas oportunidades, ambas pelo flanco direito, com Francisco Silva em destaque. O Famalicão ripostou e, aos 14 minutos, uma falha de comunicação entre o guardião Silas e o seu central originou calafrios.

Muito calor em Santo António, o que dificultava a missão de ambas as equipas. Decorridos 30 minutos, persistia o empate e o equilíbrio. O Marítimo aproximava-se da área famalicense através de bolas paradas que puniam vários faltas sobre jogadores insulares. Quase sempre executadas por Francisco Silva, o Famalicão tremia, mas rechaçava o perigo. Após um desses livres, Nuno Castanha viu amarelo por toque involuntáruo no rosto de Miguel Rodrigues, o guardião forasteiro.

Contra a corrente do jogo, o Famalicão marcou. Canto do lado esquerdo, a defesa madeirense afastou e, na recarga, Breno rematou fraco, a bola sofreu desvio num defesa verde-rubro, traiu Silas e encaminhou-se lentamente para as redes caseiras. Infortúnio para o Marítimo, vantagem para o Famalicão.

Marco Bragança mexeu ao intervalo. Entrou o ponta-de-lança Bulic saiu o médio Nuno Castanha. O duelo mantinha a toada de equilíbrio, longe das balizas e muita luta no “miolo”. Aos 17 minutos, João Nuno combinou bem com Luís Pestana, ganhou a linha, mas o cruzamento para Bulic não saiu a preceito. Miguel Rodrigues, à vontade, segurou. Entretanto, Marco Bragança lançou o extremo Leandro Vieira e retirou o lateral Gustavo Henriques. Arriscava ainda mais o Marítimo em busca de golos.

Leandro Vieira causou alarme na defensiva famalicense na primeira intervenção. Explorando bem a profundidade, o extremo ganhou em velocidade, invadiu a área contrária e tentou servir Bulic, mas a defesa do Famalicão afastou. Ficou o alerta de um Marítimo mais incisivo. A 20 minutos dos 90, nova substituição no Leão do Almirante Reis. Saiu Bruno Sousa e entrou Francisco Gonçalves para o flanco esquerdo, com Leandro Vieira a divergir para o lado oposto.

Numa altura em que o Marítimo tentava intensificar a pressão, uma transição muita rápida do Famalicão provocou superioridade numérica no último terço e Jonas, de pé esquerdo, não perdoou. 2-0 para o Campeão Nacional em título.

Reagiu de imediato o Maior das Ilhas. Castro sofreu falta dentro da área e encarregou-se do castigo máximo. O centralão bateu sem misericórdia e reduziu a desvantagem. Faltavam cerca de 5 minutos, mais a compensação que se previa alargada, tendo em conta as várias paragens.

A equipa de Marco Bragança reforçou ímpetos e montou cerco à baliza de Miguel Rodrigues. Por três vezes, o Marítimo esteve perto do empate. Numa primeira investida, Bulic serviu Leandro Vieira e o extremo, já perto da pequena área, rematou à figura fo guardião. Depois, investidas sucessivas do Marítimo e Francisco Gonçalves falhou o tiro quando se encontrava em posição privilegiada. Realce para o pulmão e alma do Capitão David Freitas, agora a percorrer todo o corredor direito e a fazer periclitar a defesa que não havia mostrado, até então, muitas fissuras.

A todo o vapor no ataque, o Marítimo poderia ter sofrido golpe fatal, mas o remate de Breno saiu ao lado.7 minutos de compensação. André Gonçalo rendeu o esgotado Luís Pestana. O Marítimo esteve perto do empate merecido após bola parada cobrada por Francisco Silva. David Freitas ganhou no duelo áereo e Castro apareceu a cabecear na pequena área. No entanto, o esférico saiu à figura de Miguel Rodrigues. Que alma a de David Freitas. O Capitão dava o exemplo e já surgia no flanco esquerdo e enconstado a Bulic. O tempo escasseava, o Marítimo tentava – e merecia – o golo que garantiria um ponto, mas o Famalicão susteve os rapazes de Marco Bragança que honraram – e suaram muito – a ‘verde-rubra’ até ao último. segundo.

Bravo, rapazes. O futuro é auspicioso.