Jogo grande em Santo António, no sintético do Complexo Desportivo. Os Sub15 do Maior das Ilhas receberam a visita do SL Benfica, terceira jornada da I Divisão Nacional.
O Marítimo entrou bem no jogo e criou calafrios após uma boa incursão de Nélio Batista pelo “miolo”, antes de servir Afonso Vieira na esquerda. O guardião encarnado, atento, saiu dos postes e antecipou-se, atirando para fora. O Benfica retaliou de imediato e dispôs de duas flagrantes oportunidades, mas Bernardo Flor foi gigante.
A equipa de Felisberto Alves não tremeu e reagiu com contra-ataque que isolou Nélio Batista. De novo, Tiago Ferreira fora dos postes – e da área – a impedir que a bola se encaminhasse para as suas redes. Os jogadores verde-rubros reclamaram mão na bola de Tiago Ferreira, fora da área. De facto, pareceu, mas o árbitro João Bernardino mandou jogar. 10 minutos de jogo e muito equilíbrio, embora com ligeira supremacia territorial do adversário.
Afonso Vieira revelava-se muito incómodo para o lateral direito do Benfica. O extremo madeirense ganhou a linha de fundo e cruzou para o segundo poste. Por pouco a bola não entrou na baliza forasteira. Na resposta, o Benfica marcou. Semedo, pela esquerda, superou o lateral insular e ofereceu a Afonso Ferreirinha que, sem marcação e já dentro da área, atirou a contar.
Os jovens Leões do Almirante Reis não se intimidaram e partiram em busca do empate. Aos 22 minutos, João Vale invadiu a área encarnada e só um corte providencial impediu o disparo. Na sequêcia do canto, Nélio Batista tentou aproveitar uma saída em falso do guardião, mas o próprio Tiago Ferreira corrigiu e, arrojado, saiu aos pés de Batista. O Marítimo investia e Diogo Ferreira, em excelente posição e sem marcação, rematou fraco e ao lado. O Marítimo já justificava o empate. Perto do intervalo, Afonso Vieira voltou a estontear o lateral, ganhou a linha de fundo e cruzou para uma excelente intervenção de Tiago Ferreira.
Empolgados, os jovens verde-rubros só não marcaram por manifesta infelicidade. Diogo Ferreira, pela direita, tentou servir Guilherme Dinis no coração da área, mas o cruzamento saiu com efeito caprichoso e levou a bola a embater na barra da baliza encarnada. Grande qualidade desta formação orientada por Felisberto Alves. Vantagem tangencial para os continentais ao intervalo.O Marítimo regressou para a segunda-parte sem alterações. Na primeira jogada, Diogo Ferreira chegou ligeiramente atrasado ao cruzamento. O Leão do Almirante Reis deixava o primeiro alerta vermelho. O Benfica respondeu por Bernardo Nunes. O 7 ultrapassou dois defesas, forçou a entrada na área e caiu. Clara simulação que o árbitro João Bernardino não tolerou. Bernardo Nunes já tinha visto um amarelo na primeira metade, pelo que foi expulso por acumulação. O Marítimo em vantagem numérica aos 5 minutos do segundo tempo.O Marítimo esteve muito perto do empate, aos 10 minutos, após um míssil de Nélio Batista. Que voo de Tiago Ferreira a negar o empate. A águia perdia penas, mas resistia. E o Leão do Almirante Reis mordia. Aos 14, exemplar cruzamento de Lourenço a rasgar o último reduto encarnado, com Diogo Ferreira a surgir em excelente posição para alvejar as redes adversárias. No entanto, o extremo falhou o remate e o Benfica suspirou de alívio.Felisberto Alves mexeu. Diogo Ferreira cedeu o seu lugar a Milton Castro. Logo depois, uma desatenção da defensiva madeirense permitou ao Benfica a oportunidade ideal para dilatar a vantagem. O avançado benfiquista não perdoou. Grande injustiça para os verde-rubros que não desarmaram e, de imediato, conquistaram uma grande penalidade por mão na bola. Nélio Batista, inclemente, reduziu. 1-2 aos 20 minutos.Felisberto Alves voltou a promover alterações. João Vale e Salvador Goes foram rendidos por Juan Guerra e Diogo Freitas. Aos 30 minutos, o juiz ignorou uma nova mão na bola dentro da área, encarnada, numa altura em que a baliza estava deserta. Incompreensível. Continuava o Marítimo em busca do empate, com os jovens jogadores encarnados a acusarem contágios dos graúdos: queimar tempo com constantes paragens para assistência a jogadores.
Tiago Ferreira, guarda-redes do Benfica, merece a distinção de “melhor em campo”. Já nos descontos, realizou outra monumental defesa após cabeceamento com selo de golo. O treinador do Marítimo mexeu de novo. Saíram Nélio Batista e Tomás Lopes, entraram Mateus Moraes e David Kostenko.
Com o tempo a escassear, Guilherme Dinis tentou fuzilar as redes encarnadas, mas só um desvio salvou o Benfica. O jogo terminou com o Benfica encostado às cordas, mas capaz de segurar os três pontos.
Parabéns, Leões do Almirante Reis. O futuro é auspicioso.