Grande exibição dos rapazes orientados por Filipe Sá assegura vitória brilhante
Os Sub17 do Marítimo foram anfitriões do CF “Os Belenenses”, em jogo da 6ª jornada do Campeonato Nacional da I Divisão. À entrada para esta ronda, o Marítimo acumulou 6 pontos, fruto de duas vitórias. O adversário chegou à Madeira no 2⁰ lugar, com 3 vitórias e dois empates. Invicto, portanto.
Entrada muito forte dos forasteiros, a montarem cerco à baliza verde-rubra. Aos 6 minutos, sufoco para as redes insulares, sucessivos remates sempre rechaçados pela defensiva insular. Notável solidariedade dos jovens orientados por Filipe Sá. Primeiros 10 minutos muito intensos por parte dos jovens do Restelo, ainda invictos. Ainda.
O Marítimo, depois de resistir aos assaltos iniciais, começou a respirar melhor e o ataque verde-rubro chegava ao último reduto. Guilherme Moraes, pela direita, alcançou a linha de fundo, mas a assistência não foi a melhor, numa altura em que 4 colegas já se encontravam em posição de finalização. O Belenenses respondeu com um tiro exterior muito forte, mas Tiago Barrinhos agarrou com toda a segurança. Aos 19 minutos, brilhante envolvimento pela direita, com o lateral Tomás Silva a ser ceifado quando já embalava para invadir a última linha dos lisboetas. Falta, mas ficou por mostrar o cartão amarelo. Jogo muito “rasgadinho”.
Tiago Barrinhos protagonizou um voo sublime aos 26 minutos. O guardião verde-rubro impediu o que parecia certo. Retaliou o Marítimo e Martim Barradas, a 25 metros, atirou um míssil que rasou o poste esquerdo de Bruno Dias, guarda-redes de Belém.
A toada do jogo mantinha-se. Belenenses com mais posse, aproximações constantes, mas infrutíferas. O Marítimo, audaz, procurava saídas rápidas e, aos 30 minutos, inaugurou o marcador. Hino ao contra-ataque, bola em Martim Barradas e o resto é só muito talento: defesas “azuis” no chão, batidos por simulações, e tiro inapelável para as redes do Restelo. O Marítimo em vantagem. Grande festa nas bancadas.
Em cima do intervalo, já na compensação, nova lição de contra-ataque. Martim Barradas, pela esquerda, sentou o lateral e ofereceu o golo a Gonçalo Almeida. O 8 atirou forte, mas o central do Restelo deu o corpo ao manifesto. Insistiu o Marítimo com recuperação imediata de bola ainda nas imediações da área “azul”, abertura na direita para Rodrigo Freitas e arte em Santo António: recepção orientada, lateral ultrapassado e redes do Restelo fuziladas. 2-0 para o Marítimo.
Os jovens Leões do Almirante Reis regressaram para a segunda-parte sem alterações, ao contrário do adversário que mexeu com duas entradas. O Marítimo foi a primeira equipa a ameaçar. Contra-ataque conduzido por Rodrigo Freitas, bola em Gonçalo Almeida que assistiu Morares. O 10 do Marítimo foi apanhado em posição irregular. Esteve perto o Maior das Ilhas do 3-0. Ao contrário do que aconteceu no primeiro-tempo, Tiago Barrinhos assistia ao jogo sem grandes perturbações, exceptuando uma tentativa de “chapéu” que Barrinhos controlou.
Entretento, Filipe Sá mexeu. Saiu Gonçalo Almeida, autor de uma grande exibição, e entrou Cristiano Camacho. O virtuoso esquerdino integrou-se na ala direita. E foi da ala direita que saiu um cruzamanto perfeito para o cabeceamento de Moraes, a rasar o poste esquerdo da turma lisboeta. De novo, os endiabrados campeões das ilhas muito perto do terceiro. Sempre o Marítimo a “morder.” Aos 25 minutos, Cerqueira executou um cruzamento que saiu muito chegado à baliza. Bruno Dias foi forçado a socar para canto. Seria um golaço.
Nesta fase da partida, os jovens do Restelo exageravam na agressividade. O Marítimo, no entanto, não caía na esparrela e só queria jogar futebol. E com nota artística. Aos 30 minutos, Guilherme Moraes voltou a tentar a felicidade num remate que surpreendeu Bruno Dias. Guarda-redes impotente para alcançar uma bola que passou a centrímetros do poste direito.
A menos de 15 minutos do final, Martim Barradas – outra impressionante exibição -, cedeu o seu lugar a Santiago Ferreira. Aos 37, Santiago Rodrigues voltou a baralhar as coordenadas do lateral, puxou para dentro e desferiu um remate que Bruno Dias defendeu com requinte. Futebol de elevadíssima qualidade em Santo António.
Filipe Sá refrescou a equipa quando o jogo se aproximava dos últimos 5 minutos. Santiago Rodrigues e Pedro Correia foram rendidos por dois Afonsos: Vieira e Nóbrega. O Belenenses esteve perto de reduzir após canto. O central Duarte Ferreira elevou-se bem, mas a bola saiu um nada ao lado do poste direito. Insistia o Belenenses em busca de reentrar na discussão do jogo, mas inexcedível a solidariedade dos defesas verde-rubros, com natural destaque para João Diogo. Que grande Capitão.
7 minutos de compensação. O Belenenses reduziu num lance muito duvidoso. Ao segundo poste, o avançado “azul” pareceu adiantado. Nervos em Santo António, mas a vitória não escapou.
Parabéns, endiabrados campeões das ilhas.