Os verde-rubros marcaram 3 golos entre as inúmeras oportunidades criadas
Duelo regional na 3ª jornada do Campeonato de Portugal, série A. A equipa B do Marítimo foi anfitriã do Portosantense no Estádio da Imaculada Conceição. Os jovens liderados por Nelson Jardim procuravam a primeira vitória, após dois desaires pela margem mínima nas jornadas inaugurais. Pela frente, a equipa da Ilha Dourad, líder do Campeonato com dois triunfos a abrir. Na formação de Nelson Jardim, destaque natural para a estreia de Mipo Odubeko com a ‘verde-rubra’.
Entrou melhor a equipa da casa. Aos 6 minutos, e já depois de algumas aproximações mais ou menos subtis, o Marítimo adiantou-se no marcador. Jeremias teve espaço para cruzar, fê-lo com precisão e a bola caiu naquela zona movediça entre o guarda-redes e os centrais. Resultado: auto-golo. O Marítimo na frente.
Reagiu o Portosantense com um alerta para a defensiva caseira: errar pode ser fatal. Facundo falhou um passe em zona proibida e só a grande intervenção de Pedro Teixeira permitiu ao Marítimo manter a vantagem. O lance não teve réplicas, pelo que o domínio era verde-rubro.
Rúben Marques esteve perto de dilatar a vantagem em lance individual, mas Daniel Júnior defendeu para canto. Depois, grande arrancada de Kanu a ultrapassar 3 defesas, isolou-se e tentou servir Mipo. Não foi egoísta, mas a melhor solução teria sido rematar à baliza, uma vez que a assistência para Mipo foi interceptada e esfumou-se uma grande oportunidade. Aos 27, grande jogada colectiva do Marítimo, bola no flanco, cruzamento para o coração da área e Mipo errou o alvo por pouco. Kanu, aos 35, invadiu a área e teve tudo para marcar, mas também não acertou no alvo. Perdulário o Marítimo. E voltou a sê-lo depois de boa jogada de Mipo a driblar o defesa, antes de servir Kanu. Sem oposição, mas com ângulo reduzido, o nigeriano não conseguiu bater Daniel Júnior.
A vantagem mínima era lisonjeira para o Portosantense a castigava a ineficácia dos jovens Leões do Almirante Reis. 1-0 ao intervalo.
O Maior das Ilhas regressou para o segundo tempo sem alterações. Os 15 minutos iniciais não registaram lances de perigo em nenhuma das balizas. Muita disputa a meio-campo, intensidade nos duelos – alguns no limite -, mas supremacia das defesas sobre os ataques.
Aos 18 minutos, o perigo voltou a rondar as balizas. No caso, a do Portosantense. Daniel Júnior demorou a pontapear, Mipo pressionou, Kanu interceptou e executou um chapéu com medidas quase perfeitas. Quase. A bola bateu malha lateral superior. O Marítimo, depois de tanto desperdiçar, acabou por dilatar a vantagem. Notável envolvimento colectivo pelo flanco esquerdo, Mipo serviu Guerrero com requinte, o colombiano esmerou-se no passe para Kanu e o nigeriano não perdoou. Brilhante lance ofensivo dos rapazes orientados por Nelson Jardim.
O técnico verde-rubro introduziu as primeiras alterações com 3 substituições simultâneas. João Barros, Pedro Silva e Dani renderam Guerrero, Bernardo Gomes e Rúben Marques. O Portosantense, entretanto, poderia ter reduzido depois de uma falha de comunicação entre Noah Madsen e Pedro Teixeira. Pedro Silva, num grande trabalho individual, aproximou o Marítimo do terceiro golo, num remate cruzado que rasou o poste direito portosantense. Nesta altura, aos 35 minutos, Zé Camacho já estava em campo no lugar de Afonso Correia.
O Marítimo não ampliou, o Portosantense reduziu a 5 minutos dos 90 num golo muito consentido pela defesa maritimista. José Bica foi lançado para o lugar de Mipo. Numa altura em que os visitantes montavam cerco ao último reduto verde-rubro, o Marítimo recuperou a bola, Kanu disparou, ganhou metros e, na passada, serviu Dani que se mostrou letal. 3-1 para o Marítimo, o golpe de misericórdia nas esperanças portosantenses.
Vitória justíssima da melhor equipa em campo. Parabéns, rapazes.